quinta-feira, 14 de julho de 2016

REFLEXÃO SOBRE A MORTE

Com o surgimento do Espiritismo há mais de duzentos anos, o fenômeno da morte foi amplamente desmistificado. No entanto, o medo da morte ainda persiste, especialmente em relação ao momento em que ocorre.

Obras como "O Céu e o Inferno" de Allan Kardec e diversas outras psicografadas por Chico Xavier destacam que a experiência da morte varia de pessoa para pessoa. Essas variações dependem do grau de apego à matéria que o desencarnante possui. O estado moral da alma é o principal fator que determina a facilidade ou dificuldade desse desprendimento.

Segundo o livro "O Céu e o Inferno", a afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria. Nas almas mais elevadas, que já se identificam com a vida espiritual, esse apego é quase nulo. Portanto, a qualidade do desprendimento depende do grau de pureza e desmaterialização da alma.

O "Livro dos Espíritos" também oferece orientações valiosas, especialmente em sua parte introdutória. Ele afirma que o mundo espiritual é o mundo verdadeiro e eterno, enquanto o mundo físico é secundário. O apego excessivo ao material torna o desprendimento no momento da morte mais difícil.

Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier no livro "Caminho, Verdade e Vida", alerta que tudo que é material está morto ou vai morrer. Portanto, buscar felicidade nas coisas do mundo é ilusório.

O ser humano pode ser considerado materialista dependendo do foco que dá às atividades do mundo material em detrimento do seu "eu interior". Embora a vida terrena exija atenção ao mundo material, negligenciar a autotransformação moral é um erro que pode levar a experiências desagradáveis no momento da morte.

Jesus, em Mateus 8:22, e o apóstolo Paulo em suas epístolas, também alertam sobre os perigos do materialismo. Muitas pessoas vivem no mundo físico como se estivessem "mortas" para a realidade espiritual, o que pode levar a surpresas dolorosas no momento da morte.

O maior desafio do ser encarnado é viver no mundo físico sem esquecer sua natureza espiritual eterna. O autoconhecimento e a reforma íntima são objetivos evolutivos que devem ser perseguidos durante a vida terrena. A morte do corpo físico é inevitável, mas a qualidade dessa transição depende de cada um.

Um comentário:

  1. Ao iniciarmos a caminhada para vida, nos deparamos com o mundo material. Sentimos que caminham conosco corpo e espírito. Precisamos de ambos, matéria: para subsistir, proteger e garantir a integridade do corpo. Espirito: para não vivermos mais segundo a carne, mas segundo o espírito, pois a caminhada, é, para perceber que existe um Criador. Prestaremos contas de nossa consciência. E, isso, no final, vamos entender, se, passaremos ou não.! Isso é real.

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